segunda-feira, 27 de junho de 2011

Por uma política de juventude articulada com o desenvolvimento de Pernambuco


Vamos dialogar um pouco sobre a trajetória das políticas Públicas de Juventude do Estado de Pernambuco.

O Governo do Ex- Presidente LULA, iniciou um momento muito importante para a juventude, representando o maior  avanço nas consolidações da institucionalização das políticas  Publicas de Juventude no Brasi,l através da criação da Secretaria e do Conselho Nacional  e do PROJOVEM partir de 2005.

Avalio com muita certeza que por muito tempo a Temática Juvenil foi tratada de forma esquecida em Pernambuco, mais nos últimos anos, o tema tomou muita visibilidade, devido ao grande compromisso dos movimentos juvenis, políticos e sócias, que produziram um relevante debate.

O Governo Eduardo Campos pegou carona sabiamente, é foi pioneiro na criação nos avanços dos marcos legais com a lei, no plano, no estatuto da juventude e na criação do CEPPJ (Conselho), dentre outras ações institucionais, e que acreditamos que o novo modelo de secretaria pensada pelo governo Eduardo, unido Criança e Juventude mesmo tendo um caráter de secretaria e não mais de secretaria especial, criem condições concretas para que esta pauta avance ainda mais mesmo frisando que essa estrutura não foi compartilhada, pensada, e nem ao menos dialogada  com a participação do conselho, com a população e com os movimentos sociais.

A Juventude Pernambucana foi contemplada com o projeto CASA DA JUVENTUDE, que foi mais uma ação do governo que nenhum momento teve a participação do conselho na sua constituição política e organizacional, apenas fomos públicos dessa ação.

Valorizo o avanço e o fortalecimento que esse programa trouxe pois é a primeira Política Publica de Juventude Estadual de fato, mais ainda não ajudou a tirar as PPJs da invisibilidade, bem como garantir direitos para parcela da juventude Pernambucana mais excluídas.

Tenho outra preocupação que a CASA DA JUVENTUDE, não seja uma extensão do governo municipal, e sim um local onde a juventude se sinta como um instrumento de produção e  fortalecimento das Políticas Publicas de Juventude.
Tenho convicção, que os esforços realizados até agora, fazem parte de um ciclo inicial que cumpriu um importante papel até aqui, mas, que neste momento, não é suficiente para que as políticas de juventude se consolidem e sejam sustentáveis numa verdadeira política de Estado. Um Estado com Pernambuco não pode ir na contra mão das ações das políticas juvenis nacional.  

Precisamos realizar no Estado um amplo processo participativo de discussões sobre as PPJ, para isso a Conferência Estadual de Políticas Publicas de Juventude será fundamental, para avaliamos os marcos legais, saber o que foi e o que não foi implementado no Plano Estadual de Juventude, os problemas do Projeto Casa da Juventude, dentre outros.

E para isso é Fundamental a presença e a participação dos movimentos Juvenis, comprometidos com esta pauta, para emancipação da juventude e na consolidação das políticas públicas de juventude.

Só assim podemos construir um pacto de uma Política executável  pactuada entre a Juventude e o governo. E amarrada com o desenvolvimento de Pernambuco.

Paulo de Souza Bezerra – Secretario de Juventude da CUT-PE, Conselheiro Estadual e Nacional de Juventude e membro da coordenação estadual da JAUL-PE.

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